por Ana Claudia Lopes Lourenço - CRP 5/41795
Esta é uma série muito rica em relacionamentos e desta vez iremos nos deter ao relacionamento das três garotas Gilmore.
A série "Tal Mãe, Tal Filha" aborda a vida de Lorelai Gilmore, jovem que engravidou aos 16 anos e decidiu abandonar sua rica casa e seu conforto para criar sua filha de acordo com suas próprias regras e pelo seu próprio esforço.
A história se passa em Stars Hollow, uma cidade pequena e bonita, com moradores que se conhecem bem e zelam pela cultura local. Como em toda cidade pequena, todos os moradores se conhecem, se ajudam e também fofocam bastante.
Lorelai Gilmore é uma pessoa alegre, divertida e sonhadora. Apesar de algumas vezes passar a impressão de ser uma pessoa avoada e inconveniente, ela é uma mulher responsável e determinada.
Emily Gilmore é a mãe de Lorelai. Emily é uma mulher firme e controladora, dedicada aos assuntos da alta sociedade, focada em status, organização de eventos e chás. Sua principal tarefa é cuidar do marido que vive ocupado e viajando.
Rory Gilmore é a filha de Lorelai. Rory é uma moça adorável, doce, meiga, muito inteligente e estudiosa. Ela é amada e admirada por todos da cidade.
Por ter uma relação ruim com Emily, Lorelai criou Rory evitando toda pressão que sofreu. Rory tem liberdade de escolha e opinião, ela vê em sua mãe uma amiga, uma companheira para diversão e confidências. As duas amam a vida simples, curtem seus momentos juntas e as atividades festivas da cidade.
Apesar de aparentemente muito diferentes, as três garotas Gilmore têm muito em comum. Cada uma a seu modo, todas são controladoras, irreverentes e orgulhosas.
Dentro de cada visão de mundo, objetivos e personalidades, todas querem o melhor umas para as outras. Todas querem viver seus sonhos e serem respeitadas em seus propósitos e objetivos. A dificuldade aparece quando uma ultrapassa o limite dos sonhos e da personalidade da outra.
Relacionamentos são complexos e os de mãe e filhas costumam ser ainda mais desafiadores pois carregam crenças e cobranças impostas pela própria sociedade.
O importante em todos os relacionamentos é o respeito à essência da outra pessoa.
Por mais que achemos que o que foi melhor para nós será também bom para nossas filhas, isto não é verdade pois nossas filhas são seres distintos e únicos, além de o mundo mudar e das gerações evoluírem.
Deixo aqui então algumas provocações para o leitor refletir.
- O quanto você se parece com seus pais?
- Estas semelhanças agradam ou preocupam?
- Você está repetindo com seus filhos crenças que recebeu de seus pais?
- Você tem considerado a essência de seus pais e de seus filhos para melhorar seu relacionamento com eles?
Boa reflexão !
Ana Claudia Lopes Lourenço é psicóloga, coach pessoal e consultora de Recursos Humanos.
Seu trabalho tem como base a Terapia Cognitivo-Comportamental e a Psicologia Positiva.
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