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Wandinha e a Psicologia, o que tem a nos dizer?

Andréia Dorneles Severo - CRP 07/30479


Quem assistiu a animação de Família Addams se deparou com a rebeldia de Wandinha que no filme vivencia a fase da adolescência. A personagem desafia a mãe ao utilizar um acessório no cabelo que Mortícia desaprovava e também ao deixar a residência da família para explorar as redondezas. Insatisfeita com a mudança de comportamento da filha, Mortícia tenta se reaproximar da menina convidando-a para realizar programas que ela apreciava quando ainda era criança, porém, não obtém sucesso.


Agora vamos refletir sobre a vida real, você já se deparou com uma história semelhante a esta? Conhece pais e mães que enfrentam desafios com os filhos na fase da adolescência? Muitos são os pais que vivenciam dificuldades com seus filhos adolescentes e que recorrem a profissionais psicólogos para auxiliá-los nesta fase, pensando nestes pais vamos refletir sobre as dificuldades relacionadas a esta fase.


Em primeiro lugar é importante lembrar que cada adolescente vai vivenciar uma experiência única e que por essa razão não devemos recorrer a comparações entre os irmãos ou ainda em relação a outros adolescentes que conhecemos, comparar as atitudes dos filhos com outros adolescentes não vai colaborar para que se obtenha a minimização dos conflitos vivenciados com eles.


Por outro lado, eles já não são crianças e desejam compreender porque ainda não é permitido que eles se comportem como adultos. Para os pais é clara a razão pela qual os adolescentes precisam obedecer regras e ter limites, mas para eles não, então ao estabelecer uma regra converse com o adolescente e explique porque você achou importante fazer isso.


Por último, resgate a sua própria história e lembre do adolescente que você foi. Na animação Mortícia também faz isso, com o auxílio de seus pais ela relembra que na fase adolescente se comportava de maneira semelhante a filha isso a ajudou a compreender o comportamento da adolescente.


Lembre que esta é uma fase na qual o adolescente vivencia a perda do corpo infantil e do status de criança. Ao mesmo tempo que ele já não pode agir como criança, também não pode se comportar como adulto e isso gera insegurança para o adolescente.


Para finalizar nossas reflexões vamos relembrar que Wandinha aproximou-se mais da colega que também passava pela fase da adolescência e deixou um pouco de lado a família, porém, ao observar que sua família corria perigo voltou para defende-la. Esse distanciamento também é comum na vida real, assim como a reaproximação. A adolescência não é um bicho de sete cabeças, ajude seus filhos a vivenciar esta fase e caso seja necessário procure a ajuda de um psicólogo que possa lhe orientar. Você gostou dessas dicas? Continue acompanhando o nosso blog para saber mais sobre psicologia, família e adolescência.



Andréia Dorneles Severo, Psicóloga formada pela PUCRS, Experiência em atendimentos a crianças, adolescentes e adultos, grupos terapêuticos, formação pessoal.


Curso em Especialidades Médicas, pelo HCPA;

Formação em Terapia Cognitiva Comportamental, pelo Cognitivo;

Competências Profissionais, Emocionais e Tecnológicas para Tempos de Mudanças pela PUCRS.



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