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Supermães - Workin’Moms

“Você não pode controlar tudo”

Por Ana Claudia Lourenço - CRP 5/41795


Nesta edição falarei sobre as angústias e experiências de Kate Foster. Kate é executiva em uma empresa. Acostumada a liderar, viajar e viver livremente descobre aos poucos, que o retorno ao trabalho, após a licença maternidade, pode não ser tão fácil quanto esperava. Entre os desafios que Kate enfrentará estão: . Concorrer pelo posto principal no trabalho com um recém contratado; . Aceitar uma responsabilidade profissional que lhe exigirá viagens frequentes; . Deixar seu bebê com outra pessoa, seja ela estranha ou até mesmo com sua mãe; . Verificar se a agenda deixada por ela está sendo seguida com os horários de alimentação e descanso do bebê; . Estar presente e atraente para seu marido, mesmo cansada do trabalho ou da amamentação; . Administrar a possibilidade de ter que abrir mão de seu cachorro, companheiro de dezesseis anos; . Entre outras. Durante a primeira temporada, estas cinco frases me chamaram bastante atenção: 1- "Kate, por que você tem que ser tão mandona?" Na verdade as mães não querem ser mandonas, querem apenas que todos sigam o que elas desejam, pois acreditam ser as melhores opções para o seu bebê. 2- "Kate, você pensa mais em você do que no bebê." Kate tinha uma vida, um trabalho antes de ser mãe e precisa continuar vivendo. Seu filho precisa de cuidado, carinho e amor e pode ter isso tudo de sua mãe, mesmo que ela não passe as vinte e quatro horas do dia com ele. 3- "Kate, que vença o melhor homem.” Para falar a linguagem “empresarial” Kate precisa usar todo seu lado masculino. Qualquer sinal de feminilidade ou maternidade pode prejudicar sua esperada promoção. 4- "Kate, você não pode controlar tudo." Sim. Nem Kate nem nenhuma mãe pode controlar tudo, nem pode fazer com que tudo aconteça da forma como planejou. 5- "Kate, eu tenho que ser forte o tempo todo.” A fuga de Kate é o desenho erótico, onde ela fantasia ser a coelha frágil já que em sua vida a fragilidade não tem espaço. Mães são mulheres que têm profissões, desejos e sentimentos. Não é possível à mãe estar no controle de tudo, assim como não é possível ao pai. Criar um bebê é um trabalho em conjunto, cada qual assumindo as responsabilidades que melhor desempenham. O diálogo e a empatia são muito importantes neste momento.

Uma coisa é certa, nem Kate, nem eu, nem você, nem ninguém é capaz de controlar tudo. Na verdade, nenhum de nós é capaz de controlar absolutamente nada.



Ana Claudia Lourenço é psicóloga, Coach pessoal e Consultora de RH.

Seu trabalho tem como base a Terapia Cognitivo-Comportamental e a Psicologia Positiva.

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