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Dr. House

Atualizado: 28 de fev. de 2019

por Psicóloga Tatiana Bonazzi Baroni, CRP 06/80461


House é uma série médica norte-americana criada por David Shore e interpretada pelo ator Hugh Laurie. Foi exibida de maio de 2004 a maio de 2012 e teve oito temporadas. A série passa-se em um hospital universitário fictício chamado Princeton-Plainsboro Teaching Hospital, na cidade de Princeton no estado de Nova Jersey.


Dr. Gregory House é formado em medicina com especialização em nefrologia e infectologia. Ele possui uma equipe com geralmente 3 a 4 membros. Utiliza de uma habilidade para diagnosticar seus pacientes, vasculhando tudo o que pode sobre a vida deles, desde vida profissional, pessoal, até enviar sua equipe a casa dos pacientes em busca de coisas “suspeitas”. Somente aceita casos misteriosos ou pacientes em crise. Seu descaso com as regras e procedimentos padrão do hospital faz com que gere atrito com sua chefe, a administradora do hospital Dra. Lisa Cuddy. O único amigo verdadeiro de House é o Dr. James Wilson, chefe do departamento de oncologia.


Durante as temporadas foi possível notar que House é viciado em um analgésico (vicodin), por conta da constante dor que sente na perna direita devido à necrose muscular. Ele se recusou a amputar a perna e preferiu passar por um processo em que a parte necrosada foi retirada, mas que ainda sente muita dor. Em alguns episódios ele reconhece que a dor é psicológica e aceita se internar em um hospital psiquiátrico para se desintoxicar do remédio.


Você pode estar se perguntando sobre a personalidade dele e quais pontos mais chamavam atenção em sua forma de se comportar.


No inicio assistíamos um House aparentemente normal, mesmo sendo ranzinza e analítico. Já no final da série observavam-se algumas questões com sua saúde mental. House apresentava crenças como acreditar que não poderia ser feliz, que não merecia e principalmente seu medo de criar vínculos. Por isso mantinha um distanciamento dos pacientes e durante muito tempo negou seu amor por Liza Cuddy, no final chegou a conclusão que ela merecia ser feliz e não era com ele. Isso o tornava solitário e infeliz.


Observa-se que por baixo de tanto sarcasmo existe uma pessoa indefesa, insegura e implorando por atenção e afeto. Agride para ver até onde pode ir. Agride para ver se aqueles que estão próximos irão abandoná-lo. Identificamos essa característica quando seu melhor amigo Dr. James Wilson estava casado (atribui-se a House a culpa pelo fracasso dos três casamentos) ou começava a namorar, House competia à atenção e fazia o possível para atrapalhar, pois sentia que estava perdendo o amigo. Não sabia dividir.

A canção mais característica de House que acaba por definir o seriado, é um clássico dos Rolling Stones. O refrão (e o título) é You can’t always get what you want – você não pode ter sempre o que quer. Isso é seguido à risca pela equipe que faz a série. Os personagens não vivem felizes para sempre.


Por fim, House não é diferente de todos nós. Cada um com suas armas e momentos propícios para utilizá-las. Talvez essa ambiguidade de malvado é o que fez com que milhões de pessoas se apaixonassem por esse personagem tão controverso que deixou seu nome gravado na história dos seriados americanos.

Tatiana Bonazzi Baroni é Psicóloga, CRP06/80461. Atua em Psicologia Clínica na cidade de Valinhos, atendendo criança, adolescente e adulto. Especialista em Terapia Comportamental Cognitivo e Especialista em Desenvolvimento do Potencial Humano.

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