Por Ana Claudia Lourenço CRP 5/41795
A série Dr. House mostra rotinas hospitalares, em paralelo à vida pessoal e profissional do médico Gregory House, um infectologista que se dedica aos casos mais difíceis que aparecem no hospital. Para entender melhor a vida pessoal e profissional dos pacientes, e conseguir encontrar um diagnóstico mais preciso, a equipe do Dr. House sempre faz uma visita ao ambiente onde a pessoa vive, seja em seu trabalho ou residência, para colher amostras que possam ajudar na solução do caso clínico.
No episódio 18 da temporada 7, a equipe do Dr. Gregory House recebe o caso de um professor de ciências, de 36 anos, não fumante, que começou a tossir sangue enquanto dava aula para uma turma do colegial.
Neste episódio, os doutores Eric Foreman e Chris Taub vão até a casa do paciente e chegando lá, se depararam com cenas muito tristes e até mesmo alarmantes. A casa não tinha energia elétrica, gás ou água encanada, havia muita sujeira e o acúmulo de objetos quase interditava a porta, deixando apenas uma trilha de passagem entre a bagunça. Encontraram animais mortos, insetos, comida podre e um cheiro horrível que dava ânsia de vômito. Em uma segunda visita, os médicos Martha Masters e Robert Chase, todos da equipe do Dr. House, se surpreenderam ao encontrarem uma pessoa escondida no meio de todo aquele caos.
A pessoa encontrada na casa era Nina, esposa do paciente, que se sentiu muito desconfortável por ter sido retirada de sua casa. Sim, para ela, aquela desordem lhe trazia conforto de alguma forma, mesmo não podendo mais cozinhar, assistir TV ou dormir em sua cama, ela ainda considerava aquela casa como o seu lar.
Em uma das falas, a Dra. Martha Masters diz imaginar estar em uma escavação arqueológica, precisando isolar, escavar, catalogar e analisar todos os objetos que lá estavam. Para ela, como médica curiosa, tudo aquilo era fascinante pois a história da pessoa poderia ser contada através dos objetos que acumulou durante anos. Já, para o Dr Robert Chase, tudo aquilo não passava de uma pilha de lixo.
O marido de Nina, apesar de perceber o ambiente inadequado, não comentava com a esposa pois a amava e achava que ela poderia se magoar ou piorar. No passado, ela foi uma bela líder de torcida e segundo o marido, eles recebiam amigos em casa e tinham uma vida social normal. Quando ela começou a acumular coisas, ele pensou que fosse apenas um hobby e entendeu que aquilo era importante para ela, pois ela não via como lixo, para ela tudo tinha valor, tudo tinha uma história e assim ele a respeitou.
Esta atitude do marido, apesar de coberta de boas intenções, fez com que ela acumulasse cada vez mais e não se tratasse como deveria. Sem que ele soubesse, Nina tinha uma síndrome que a impedia de ser mãe, tendo ela já passado por alguns abortos, sofreu sozinha, sem contar para ele.
A desordem externa estava ligada à desordem mental e emocional de Nina, que guardava com ela a frustração de não conseguir ser mãe.
Na vida real, a abordagem do paciente com Transtorno de Acumulação deve ser bem delicada e feita por um profissional especializado pois, como descrito na série, o que para uns é apenas lixo, para outros é curiosidade mas para o paciente é a sua vida, sua identidade, sua riqueza, seus valores, seu lar.
A pessoa com Transtorno de Acumulação apresenta algumas características como:
Adquirir muitos objetos (comprar de forma excessiva);
Apresentar dificuldade em descartar objetos (jogar fora, vender ou doar);
Achar que irá precisar de todos os objetos mais tarde (um dia);
Supervalorizar cada objeto afetivamente, desconsiderando o valor monetário;
Não dar ao objeto o cuidado correspondente ao valor que diz ter por ele (forma de armazenagem e limpeza);
Viver de forma exageradamente desorganizada.
O paciente com Transtorno de Acumulação experimenta algum tipo de sofrimento como: ansiedade, angústia, frustração, arrependimento, culpa, tristeza, etc. Também pode apresentar características de perfeccionismo, procrastinação, dificuldade de planejar e organizar tarefas.
Este transtorno traz prejuízos não só para o paciente, mas também para os familiares que moram com ele (como visto na série) e para os vizinhos das casas próximas. Viver nas condições de acumulação, é perigoso, insalubre, atrai animais pestilentos e pode ocasionar incêndios.
Escolhi este episódio para enfatizar a importância da organização em nossas vidas. A organização nos traz conforto, bem-estar, economia de tempo e de dinheiro. Sempre que alguma coisa está desorganizada em nossa mente ou em nossas emoções, perceberemos alterações na organização de nosso espaço físico.
Sempre que você perceber que o ambiente (residência ou escritório) de um amigo está apresentando uma desorganização extrema, onde a limpeza já não esteja sendo aplicada, os objetos não recebam seu devido cuidado e os móveis já não possam ser utilizados em suas respectivas funções, acenda o alerta vermelho e busque ajuda para este amigo que, pode não ter relatado nenhum problema, mas que com certeza está precisando de ajuda profissional.
Ana Claudia Lourenço é Psicóloga e Master Coach Criacional.
Seu trabalho tem como base a Terapia Cognitivo-Comportamental e a Psicologia Positiva, com foco em Autoconhecimento, Organização e Produtividade.
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I love how this episode of Dr. HOUSE delves into the psychological complexities of hoarding disorder. It’s fascinating to see how the team approaches the issue from both a medical and emotional perspective. The way House connects the hoarding behavior to the patient's underlying trauma is compelling. It got me thinking about how problem-solving in programming is similar – sometimes you have to dig deep to find the root cause of an issue, just like with debugging code. As someone who offers programming assignment help, I often find myself helping students 'clean up' their code, eliminating unnecessary parts to optimize performance, much like decluttering!
Other Resources:
https://app.theremoteinternship.com/read-blog/9679